Através dos séculos a medicina tradicional almejou ser uma ciência global da saúde do ser humano, considerando a psique, o corpo e o comportamento constituintes de um todo indivisível. Sendo assim, o estado de um indivíduo seria um complexo irrepetível tanto na saúde quanto na doença. Toda doença, além de única, é vista como um fenômeno estranho ao homem, ou seja, incompatível com a fisiologia: presume a existência de um agente responsável pelas modificações patológicas.

A “etiologia”, ou a “procura da causa”, precisa ser estudada para se poder neutralizar a doença. Ruggero Bacone, no século XII, defendia a idéia de que para se descobrir a etiologia de uma doença, e assim saná-la, o conhecimento da medicina deveria ser integrado com saberes de vários povos, com o conhecimento da astrologia, da alquimia e com a experiência prática.

De acordo com a medicina tradicional, o homem se espelha na natureza. Isto quer dizer que ele utiliza a si mesmo e as categorias do próprio corpo para compreender o mundo que o circunda. O homem seria o reflexo reduzido deste mundo, o microcosmo; e o mundo, o macrocosmo ou universo em sua globalidade. Daí a correlação do homem com os planetas. Para a medicina tradicional, o importante era verificar que o gênero humano estava sujeito às mesmas leis que regiam a vida dos astros e os fenômenos da Terra.

Se as leis eram as mesmas, seria possível compreender o homem estudando os astros e compreender os astros estudando o homem. A doença também possuiria identidade passível de ser analisada, pois responderia às mesmas leis. Sob esse ponto de vista, temos: o clima determinado pelos astros e pela Terra, o homem determinado pelas suas qualidades e condições de vida e a doença determinada pelas mudanças violentas e excessivas.

 

 

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Apresentação

Os árabes foram os primeiros a associar as ervas aos planetas. Na Europa, Nicholas Culpeper (1616-1654), astrônomo, médico e ervanário, escreveu o livro Complete Herbal, no qual descreve a combinação das qualidades das ervas com os signos e planetas, distribuindo-as conforme as doenças. As ervas colhidas no dia do respectivo planeta eram mais eficazes. Esta classificação é bastante discutida e, até hoje, não há um consenso entre os astrólogos a respeito de correlação entre ervas, signos e planetas. Pietro d’Abano, médico docente de Física, Ciência Natural e Astrologia da Universidade de Padova, utilizava os remédios apenas nos momentos oportunos, de acordo com as configurações planetárias.

As qualidades curativas das ervas estavam associadas aos planetas e diversas formas de análise dessas associações foram efetuadas para dizer qual planeta ou signo regia uma determinada erva. Poderia se associar uma erva ao planeta ou signo através da estação do ano em que a erva nascia, ou através da qualidade curativa da planta que correspondia à parte do corpo regida pelo planeta. Por exemplo, Saturno representa os ossos, e uma planta que curava males de ossos, como artrite, seria regida por Saturno.

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