O CRESCENTE MODISMO EM TORNO DA BRUXARIA MODERNA
A ancestralidade é uma corrente invisível que liga o presente ao passado, tecendo uma rede de experiências, sabedorias e tradições que formam a base da nossa existência. Ela reside na alma, uma essência imortal que carrega as marcas e memórias de nossos antepassados, influenciando nossas crenças e ações. Para aqueles que se identificam como bruxas, a ancestralidade é uma fonte inesgotável de poder e conhecimento, conectando-os aos antigos rituais e práticas que definem a verdadeira essência da bruxaria.
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No entanto, o crescente modismo em torno da bruxaria moderna levanta questões sobre autenticidade e originalidade. Muitos se autodenominam bruxos ou bruxas sem uma compreensão profunda ou respeito pelas tradições e raízes centrais dessa prática ancestral. A superficialidade e a comercialização dessa identidade desvirtuam seu significado original, transformando práticas sagradas em meras tendências passageiras.
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A verdadeira bruxaria é um caminho de autoconhecimento e conexão profunda com a natureza e o cosmos, enraizado na tradição e na sabedoria transmitida de geração em geração. Ser bruxa é honrar a linhagem ancestral, respeitar os ensinamentos dos antigos e adaptar esses conhecimentos à modernidade sem perder a essência.
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Em um mundo onde a originalidade muitas vezes é sacrificada pelo imediatismo, a tradição oferece um porto seguro. Ela nos lembra de quem somos e de onde viemos, proporcionando uma base sólida para explorar e evoluir. A prática da bruxaria, quando autenticamente vivida, é um retorno às raízes, um resgate do sagrado e um compromisso com a verdade interior.
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Portanto, ser uma verdadeira bruxa hoje significa ser guardiã de uma herança milenar, mantendo viva a chama da ancestralidade enquanto se navega pelos desafios e transformações do mundo contemporâneo. É um chamado para honrar a alma e a tradição, integrando o antigo com o novo em um caminho de sabedoria e poder.